Wednesday, June 5, 2013

Ana Lee

Hoje de manhã quando ia para a faculdade começou a dar a Ana Lee dos GNR na rádio. A manhã estava a ser um bocado caótica, já estava atrasada e estava trânsito. Mas senti que a música me acalmou e me deixou mais bem disposta. Nunca me dei ao trabalho de interpretar a letra da música em condições, é sempre um desafio compreender toda a mensagem que o Rui Reininho pretende passar, mas pelo menos o refrão é bonito.

Ana Lee, Ana Lee, 
meu lótus azul,
ópio do povo,
jaguar perfumado,
tigre de papel


3 comments:

  1. Um clássico! :) Fica bem em qualquer ocasião.

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  2. Ana Lee

    Eu bebi, sem cerimónia o chá
    à sombra uma banheira decorada,
    num lago de champu

    e dormi, como uma pedra que mata
    senti as nossas vidas separadas,
    aquario de ostras cru

    Refrao:
    Ana lee, ana lee
    meu lótus azul,
    ópio do povo,
    jaguar perfumado,
    tigre de papel

    Ana lee, ana lee
    no lótus azul,
    nada de novo
    poente queimado,
    triângulo dourado.

    se ela se põe de vestidinha,
    parece logo uma princezinha,
    num trono de jasmim.

    e ao vir-me,
    embora em verde tónico,
    no pais onde fumam as cigarras,
    deixei-a a sonhar por mim.

    Refrao

    Interpretação:

    Enquanto o autor se banhou numa banheira decorada de shampoo, recordou-se de Ana Lee e "bebeu o chá", como se bebesse o amargo que o amor por ela lhe deixou, ou seja, deparou-se que o Lótus azul (figura que exalta uma beleza quase inalcansável - como um carro caríssimo se tratasse) e que compara com a beleza da sua musa, que outrora fora dele, e o deixou de ser, talvez porque ele não saber ou não poder amá-la da maneira que a princesinha estaria destinado a sê-lo.
    Ele sentiu-se assim, num aquário, enquanto os seus pensamentos o levavam a pensar-se a si próprio como um inútil e crú de sentimentos, tão repugnante como um prato de ostras por cozinhar.
    Ana Lee, a sua princesinha, perfumada de jasmim e livre como um jaguar, tinha sido deixada por ele à mercê de um outro amor, por ele próprio não conseguir dar-lhe a vida que ele achava que ela merecia. Daí que ele tenha vindo embora, ou seja, tenha desistido da relação e se tenha vestido de verde tónico, cor que representa a tristeza por deixá-la.
    O autor, um boémio, conduzido pela sua vida de noite, bebidas e charutos, personificado na cigarra, considera que embora a tenha deixado e que ela tenha encontrado outra pessoa, esta não conseguirá ser feliz e viverá, pelo poente da sua vida, a sonhá-lo e a senti-lo como o seu verdadeiro amor. Ou assim julga ele que aconteça.

    O título da canção poderá suscitar ainda uma outra interpretação: Ana (Zanatti) + (Lara) Li, um triângulo de amor platónico por parte de Rui Reininho e a ”surpresa” por não as poder ter 😊

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